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Mar de gente (Orgulho de ser Paraense)

Quando o mês de outubro se aproxima, para muitos a alegria e o sentimento de fé vem junto, acontece sempre no segundo domingo de outubro, a maior chuva de bençãos e o maior mar de gente do Pará.
Começando às 6h30 de domingo, esse ano de 2011, no dia 9 de outubro a 218ª edição do Círio de Nossa de Nazaré, com a grande procissão, em Belém do Pará, rumo à Praça Santuário de Nazaré.
Um mar de gente tomado pela fé, esperança, gratificação, amor, agradecimentos, saudade e uma mistura de sentimentos que embalam os paraenses durante toda a caminhada.
Algo resumido é:
Eu não consigo descrever com tamanha precisão o que a fé significa. Ela é abstrata, não algo concreto que se possa tocar.
A fé não se vê, o que se vê depois são os resultados alcançados por ela. O que está dentro de nós, só pode ser sentido, não para enxergar.
Esse ano fui ver a procissão e desde ás 8:00 da manhã vejo muitas, mais muitas pessoas passando, rodeados e levados pelo sentimento de agradecimento.
Algo inacreditável e lindo de se ver, aquelas filas de pessoas ajoelhadas acompanhando o círio agradecendo alguma graça alcançada. Aquelas estações (estações, são carros, com algum tema), trazendo as nossas crianças os nossos ajinhos, lindos.
E enquanto isso, gente e gente.....]
Quando se aproximou das 12:00 hs as estações das cordas iam começando a chegar, gente algo que também não dá para descrever, centenas de pessoas segurando na corda, agradecendo os milagres acançados.
Todos que estão ali estão com algum propósito. Ou de dor, ou de esperança, agradecimento, perdão, pedidos e mais pedidos. Todos em uma mesma sintonia querendo que suas preces sejam atendidas pela “Maezinha do Pará”.
E vemos uma inconsistência, algo que se vê pouco no dia-a-dia. É quando o forte se torna fraco e o fraco se torna forte. Quando muitos que se acham mais do que os outros se misturam aos muitos que são e se acham pouco.
É o momento em que o suor de todos é igual. É tudo água. Água que vem das lágrimas e de uma agonia gostosa que dá ao se apertar no meio do povo, porque apesar de estarem todos juntos e unidos, cada pedido é uma caminhada solitária. É a fé!
Vão todos se empurrando, se sustentando. Fazendo do corpo do próximo uma extensão do nosso corpo para que possamos continuar a caminhada. Porque se tu fazes este percurso, os teus pés te sustentam, mas é a união na fé, é quem está próximo a ti que te carrega.